O discurso de Ferreira leite era aguardado com grande expectativa, resultado da estratégia de silêncio levada a cabo pela Presidente do PSD. É claro que a estratégia redunda num sentimento de insatisfação porque se torna quase impossível corresponder a essas expectativas entretanto criadas. Assim, o discurso de Ferreira Leite, embora tenha sido, na minha opinião, genericamente profícuo, perde o seu efeito graças à estratégia adoptada pela líder do partido.
Mas a estratégia de silêncio talvez seja o menor dos problemas de Manuela Ferreira Leite (MFL). As querelas internas representam um problema a que urge dar resposta. Agora foi a vez do ex-Presidente, Luís Filipe Menezes, mostrar-se disponível para um congresso anti-Manuela Ferreira Leite. Sendo certo que Menezes continua a ser ele próprio, ou seja, incapaz de aproveitar os silêncios para reflectir – uma espécie de antítese de Ferreira Leite. Mas a verdade é que já outras figuras do PSD tinham criticado a estratégia da líder, entre os quais Ângelo Correia, Passos Coelho e até o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.
O trabalho da Presidente do partido tem que necessariamente incidir em duas frentes: uma relacionada com um projecto político alternativo ao PS, nada seria pior para o PSD do que mostrar ao país um projecto político semelhante ao do Governo; por outro lado, a líder não pode descurar a importância da união interna do partido. Com efeito, este é o principal desafio de MFL. E o mais difícil.
Será um esforço inglório trabalhar no sentido de mostrar um projecto alternativo ao do Governo, mas estando um partido dividido ou desconfiado. Neste particular, Menezes tem dado um péssimo contributo ao partido. O estilo adoptado pelo ex-Presidente pejado de malícia; as contradições do ex-líder que, num primeiro momento, comprometeu-se ao silêncio, mas que depois não foi capaz de resistir à tentação de falar; e finalmente, esta espécie de conluio para liderar um congresso anti-Manuela Ferreira Leite.
Em suma, para além da questão dos silêncios, das ideais e dos projectos, Manuela Ferreira Leite tem um grande desafio pela frente: a pacificação do partido e o enfraquecimento das vozes recorrentes e dissonantes. Sem a concretização deste objectivo, todo o esforço da líder terá sido em vão.
Mas a estratégia de silêncio talvez seja o menor dos problemas de Manuela Ferreira Leite (MFL). As querelas internas representam um problema a que urge dar resposta. Agora foi a vez do ex-Presidente, Luís Filipe Menezes, mostrar-se disponível para um congresso anti-Manuela Ferreira Leite. Sendo certo que Menezes continua a ser ele próprio, ou seja, incapaz de aproveitar os silêncios para reflectir – uma espécie de antítese de Ferreira Leite. Mas a verdade é que já outras figuras do PSD tinham criticado a estratégia da líder, entre os quais Ângelo Correia, Passos Coelho e até o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.
O trabalho da Presidente do partido tem que necessariamente incidir em duas frentes: uma relacionada com um projecto político alternativo ao PS, nada seria pior para o PSD do que mostrar ao país um projecto político semelhante ao do Governo; por outro lado, a líder não pode descurar a importância da união interna do partido. Com efeito, este é o principal desafio de MFL. E o mais difícil.
Será um esforço inglório trabalhar no sentido de mostrar um projecto alternativo ao do Governo, mas estando um partido dividido ou desconfiado. Neste particular, Menezes tem dado um péssimo contributo ao partido. O estilo adoptado pelo ex-Presidente pejado de malícia; as contradições do ex-líder que, num primeiro momento, comprometeu-se ao silêncio, mas que depois não foi capaz de resistir à tentação de falar; e finalmente, esta espécie de conluio para liderar um congresso anti-Manuela Ferreira Leite.
Em suma, para além da questão dos silêncios, das ideais e dos projectos, Manuela Ferreira Leite tem um grande desafio pela frente: a pacificação do partido e o enfraquecimento das vozes recorrentes e dissonantes. Sem a concretização deste objectivo, todo o esforço da líder terá sido em vão.
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