Ontem, o Governo desdobrou-se em iniciativas de distribuição de computadores para crianças do primeiro ciclo. A distribuição de um computador “low cost”, baptizado Magalhães, e anunciado como sendo de fabrico português, embora as peças não o sejam e só 30 por cento será nos próximos tempos made in Portugal, é mais uma manobra propagandística do Executivo.
Não interessa discutir a pertinência da distribuição de computadores a crianças em idade escolar, até porque essa discussão não deve ter lugar, tendo em conta a proficuidade na utilização de computadores pelas crianças; o que interessa para o caso é discutir a forma como a distribuição é feita – debaixo das luzes dos holofotes.
Com efeito, trata-se mais uma vez de analisar a forma e não a substância. O Governo aproveita a oportunidade para passar aos Portugueses a ideia de que aposta seriamente na educação, deixando para segundo plano, outras questões que se prendem com a educação e que são escamoteadas, como o caso da qualidade do ensino. Esquecem os membros do Governo que a melhoria da educação não passa necessariamente pela distribuição avulsa de computadores, passa antes por uma aposta sólida na qualidade e no rigor. De que adianta distribuir computadores, com a aprovação de Chávez, se o facilitismo tomou conta das escolas, com todas as consequências daí resultantes?
Além disso, esta manobra propagandística do Governo serve também para fazer esquecer questões para as quais o Governo não tem resposta: a crise económica e a questão da insegurança. E mais uma vez, os membros do Governo, em particular o primeiro-ministro, contam com o beneplácito de alguns órgãos de comunicação social, mas cujo o efeito é efémero – a propaganda do Governo, ou o milagre “Magalhães” é rapidamente ofuscado pelo agravamento da crise, das notícias que dão conta do crédito mal-parado, da subida da Euribor e dos constantes assaltos de norte a sul do país.
É claro que uma oposição anódina dá jeito a um Governo sem ideias e sem respostas. A propaganda vai, todavia, continuar. É preciso mostrar aos Portugueses trabalho e, amiúde, importa dar uns brindes de pacotilha disfarçados de políticas.
Não interessa discutir a pertinência da distribuição de computadores a crianças em idade escolar, até porque essa discussão não deve ter lugar, tendo em conta a proficuidade na utilização de computadores pelas crianças; o que interessa para o caso é discutir a forma como a distribuição é feita – debaixo das luzes dos holofotes.
Com efeito, trata-se mais uma vez de analisar a forma e não a substância. O Governo aproveita a oportunidade para passar aos Portugueses a ideia de que aposta seriamente na educação, deixando para segundo plano, outras questões que se prendem com a educação e que são escamoteadas, como o caso da qualidade do ensino. Esquecem os membros do Governo que a melhoria da educação não passa necessariamente pela distribuição avulsa de computadores, passa antes por uma aposta sólida na qualidade e no rigor. De que adianta distribuir computadores, com a aprovação de Chávez, se o facilitismo tomou conta das escolas, com todas as consequências daí resultantes?
Além disso, esta manobra propagandística do Governo serve também para fazer esquecer questões para as quais o Governo não tem resposta: a crise económica e a questão da insegurança. E mais uma vez, os membros do Governo, em particular o primeiro-ministro, contam com o beneplácito de alguns órgãos de comunicação social, mas cujo o efeito é efémero – a propaganda do Governo, ou o milagre “Magalhães” é rapidamente ofuscado pelo agravamento da crise, das notícias que dão conta do crédito mal-parado, da subida da Euribor e dos constantes assaltos de norte a sul do país.
É claro que uma oposição anódina dá jeito a um Governo sem ideias e sem respostas. A propaganda vai, todavia, continuar. É preciso mostrar aos Portugueses trabalho e, amiúde, importa dar uns brindes de pacotilha disfarçados de políticas.
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