O Tribunal Constitucional (TC) turco acabou de deliberar sobre uma proposta de ilegalização do partido do primeiro-ministro e do Presidente da República, o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP). Este partido pós-islamista é acusado de pôr em causa valores secularistas e de estar a destruir os fundamentos do Estado Laico, numa campanha de islamização do país.
Assim, o AKP, partido do primeiro-ministro Erdogan e do Presidente Abdullah Gül, correu o risco de sofrer uma interdição e os seus membros, incluindo o primeiro-ministro e o Presidente da República, virem a ser expulsos. O país esteve suspenso por uma decisão que culminou com uma penalização financeira do partido. Entretanto, a Turquia encontra-se já dividida em secularistas radicais, por um lado, e islamistas, por outro. A razão da contenda é simples: os secularistas acusam os islamistas de minarem o laicismo, herança do pai da Turquia, Ataturk.
Com efeito, a preponderância do ponto de vista eleitoral do AKP, que conseguiu eleger um primeiro-ministro e um Presidente da República estará na causa da instabilidade que abala a Turquia. O secularismo está na frente da luta contra aquilo que eles consideram a “islamização” da Turquia. Ora, a polémica em torno da permissão de usar o lenço é sintomática das divisões na Turquia.
A instabilidade que assola a Turquia não é só uma má noticia para o país em questão, também o é para a União Europeia. Para além das questões associadas à entrada da Turquia para a UE, a existência de estabilidade no país é um importante contributo para a estabilidade da própria Europa. Recorde-se que a Turquia é um exemplo em matéria de boa governação no mundo islâmico e que geograficamente se encontra numa zona estrategicamente importante.
Por conseguinte, será positivo para todos que a contenda entre secularistas radicais e islamistas não se agrave e que o Tribunal Constitucional encontre uma solução equilibrada e definitiva. O cenário de eleições antecipadas e da constituição de um novo partido é possível, mas estará longe de ser o cenário ideal.
Esta semana foi igualmente marcada por um atentado em Istambul. O Governo faz acusações ao PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), enquanto os membros deste partido acusam uma obscura rede, Ergenekon, de ser responsável pelos atentados; a rede está a ser investigada pelos principais jornais turcos e alimenta páginas desses jornais. Importa também perceber quem está por detrás desses atentados. De qualquer modo, não se antevê um regresso à total à estabilidade, apesar da decisão favorável do TC.
Assim, o AKP, partido do primeiro-ministro Erdogan e do Presidente Abdullah Gül, correu o risco de sofrer uma interdição e os seus membros, incluindo o primeiro-ministro e o Presidente da República, virem a ser expulsos. O país esteve suspenso por uma decisão que culminou com uma penalização financeira do partido. Entretanto, a Turquia encontra-se já dividida em secularistas radicais, por um lado, e islamistas, por outro. A razão da contenda é simples: os secularistas acusam os islamistas de minarem o laicismo, herança do pai da Turquia, Ataturk.
Com efeito, a preponderância do ponto de vista eleitoral do AKP, que conseguiu eleger um primeiro-ministro e um Presidente da República estará na causa da instabilidade que abala a Turquia. O secularismo está na frente da luta contra aquilo que eles consideram a “islamização” da Turquia. Ora, a polémica em torno da permissão de usar o lenço é sintomática das divisões na Turquia.
A instabilidade que assola a Turquia não é só uma má noticia para o país em questão, também o é para a União Europeia. Para além das questões associadas à entrada da Turquia para a UE, a existência de estabilidade no país é um importante contributo para a estabilidade da própria Europa. Recorde-se que a Turquia é um exemplo em matéria de boa governação no mundo islâmico e que geograficamente se encontra numa zona estrategicamente importante.
Por conseguinte, será positivo para todos que a contenda entre secularistas radicais e islamistas não se agrave e que o Tribunal Constitucional encontre uma solução equilibrada e definitiva. O cenário de eleições antecipadas e da constituição de um novo partido é possível, mas estará longe de ser o cenário ideal.
Esta semana foi igualmente marcada por um atentado em Istambul. O Governo faz acusações ao PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), enquanto os membros deste partido acusam uma obscura rede, Ergenekon, de ser responsável pelos atentados; a rede está a ser investigada pelos principais jornais turcos e alimenta páginas desses jornais. Importa também perceber quem está por detrás desses atentados. De qualquer modo, não se antevê um regresso à total à estabilidade, apesar da decisão favorável do TC.
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