Numa altura em que o país atravessa um período de acentuadas dificuldades, a Inspecção-geral de Finanças (IGF) detectou irregularidades com os gastos do Estado, designadamente despesas com pessoal, no valor de 43,5 milhões de euros – mais 61 por cento do que verificado no ano passado. Talvez este seja um sinal claro de que o país não está tão mal como se apregoa e que os portugueses caem invariavelmente em exacerbamentos de toda a espécie.
Ora, se o Estado se dá ao luxo de conceder abonos e suplementos remuneratórios – de forma irregular, é certo – é porque ainda não atingimos o fundo. Por outro lado, também foi notícia, esta semana, que o Estado Português decidiu perdoar a dívida a Moçambique, sendo que a São Tomé e Príncipe a dívida também será perdoada. Dir-me-ão que se trata de uma contrapartida fundamentada por eventuais negócios a fazer nestes países; a verdade, porém, é que são decisões que carecem de uma explicação cabal dos responsáveis governativos portugueses. Afinal, o Estado não é constituído por todos nós?
O ministro das Finanças já veio afirmar que vai pedir explicações aos ministérios sobre os gastos irregulares a que o IGF faz referência. Não é, pois, razão para espanto quando se multiplicam as críticas a um Governo que não tem poupado esforços para consolidar as contas públicas, sacrificando a classe média – a eterna sacrificada. Nem tão-pouco se admirem com aqueles que se insurgem contra a forma draconiana como o Estado cobra impostos, recorrendo a penhoras e incorrendo amiúde em injustiças, e depois é tão complacente com outras questões que envolvem avultadas quantias de dinheiro do Estado.
Convém que os responsáveis governativos esclareçam se esta crise que se abateu sobre o país e que tem consequências insustentáveis para muitos Portugueses, é só impressão nossa. Importa esclarecer se a contenção do défice é um dado consolidado ou não; e se é, porque razão não há lugar a uma redução de impostos e a um aumento do investimento público em áreas como a ciência e tecnologia, ao invés de se distribuir benesses a algumas pessoas e perdoar dívidas a países estrangeiros. O recurso a dois pesos e duas medidas tem custos eleitorais.
Ora, se o Estado se dá ao luxo de conceder abonos e suplementos remuneratórios – de forma irregular, é certo – é porque ainda não atingimos o fundo. Por outro lado, também foi notícia, esta semana, que o Estado Português decidiu perdoar a dívida a Moçambique, sendo que a São Tomé e Príncipe a dívida também será perdoada. Dir-me-ão que se trata de uma contrapartida fundamentada por eventuais negócios a fazer nestes países; a verdade, porém, é que são decisões que carecem de uma explicação cabal dos responsáveis governativos portugueses. Afinal, o Estado não é constituído por todos nós?
O ministro das Finanças já veio afirmar que vai pedir explicações aos ministérios sobre os gastos irregulares a que o IGF faz referência. Não é, pois, razão para espanto quando se multiplicam as críticas a um Governo que não tem poupado esforços para consolidar as contas públicas, sacrificando a classe média – a eterna sacrificada. Nem tão-pouco se admirem com aqueles que se insurgem contra a forma draconiana como o Estado cobra impostos, recorrendo a penhoras e incorrendo amiúde em injustiças, e depois é tão complacente com outras questões que envolvem avultadas quantias de dinheiro do Estado.
Convém que os responsáveis governativos esclareçam se esta crise que se abateu sobre o país e que tem consequências insustentáveis para muitos Portugueses, é só impressão nossa. Importa esclarecer se a contenção do défice é um dado consolidado ou não; e se é, porque razão não há lugar a uma redução de impostos e a um aumento do investimento público em áreas como a ciência e tecnologia, ao invés de se distribuir benesses a algumas pessoas e perdoar dívidas a países estrangeiros. O recurso a dois pesos e duas medidas tem custos eleitorais.
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