Avizinham-se tempos conturbados para o Governo de José Sócrates. As razões que justificam essa evidência prendem-se com o facto de tanto à esquerda do PS como à direita (?) estarem a ocorrer mudanças determinantes. À direita, o PSD conta agora com uma nova liderança longe da anterior que se caracterizava pela tibieza e pela ineficácia política. À esquerda, assistimos, esta semana, a um evento que juntou, ou pelo menos tentou juntar, as várias esquerdas. Esse evento contou com a participação de Manuel Alegre que é a voz mais audível de uma parte do PS que não se revê nas políticas do Governo.
Ainda em relação à esquerda, é evidente o crescimento do Bloco de Esquerda e do PCP nas intenções de voto. Segundo as sondagens, estes dois partidos poderão conquistar vinte por cento do eleitorado. O descontentamento dos cidadãos é a causa desse aumento significativo.
O Governo de José Sócrates conta, assim, com um período mais complicado, não só devido às alterações no espectro político, mas também devido ao aumento da pobreza e das desigualdades sociais.
Mas mesmo que nos esforcemos por fazer uma análise mais minuciosa ao desempenho do Governo, percebemos rapidamente que o Executivo não teve capacidade de empreender as mudanças necessárias, deixando o país praticamente na mesma, com a agravante de se ter assistido ao recrudescimento da pobreza e das desigualdades sociais.
O desempenho do Governo, não obstante o apregoado ímpeto reformista inicial que rapidamente se desvaneceu, não se pautou pela introdução de mudanças que o país urgentemente necessitava. E se por um lado é injusto depositar no actual Executivo toda a responsabilidade do estado do país; não é menos verdade que o contributo do Governo não produziu o efeito que se esperava.
Como a manifestação organizada pela CGTP mostrou, o descontentamento dos cidadãos cresce exponencialmente, e o Governo mostra não ter capacidade de responder à insatisfação generalizada. Um dos erros do primeiro-ministro foi o de não perceber que o país não aguenta quase uma década de crise. E se a conjuntura internacional não é responsabilidade do Governo, a verdade é que o Governo PS não foi capaz de restaurar a confiança e as perspectivas dos cidadãos.
Nestas circunstâncias, a oposição, designadamente o PSD e os partidos políticos situados mais à esquerda do PS, vão seguramente aproveitar esta conjuntura negativa para o Governo. Por conseguinte, e para finalizar, é evidente que os próximos tempos serão difíceis para o Governo. A conquista de uma nova maioria absoluta parece já ser uma miragem, e vamos ver até que ponto o PS não vai ter de lutar para ganhar as próximas legislativas; isto quando há não muito tempo poucos arriscariam esse cenário, advogando a solidez do Executivo de José Sócrates.
Ainda em relação à esquerda, é evidente o crescimento do Bloco de Esquerda e do PCP nas intenções de voto. Segundo as sondagens, estes dois partidos poderão conquistar vinte por cento do eleitorado. O descontentamento dos cidadãos é a causa desse aumento significativo.
O Governo de José Sócrates conta, assim, com um período mais complicado, não só devido às alterações no espectro político, mas também devido ao aumento da pobreza e das desigualdades sociais.
Mas mesmo que nos esforcemos por fazer uma análise mais minuciosa ao desempenho do Governo, percebemos rapidamente que o Executivo não teve capacidade de empreender as mudanças necessárias, deixando o país praticamente na mesma, com a agravante de se ter assistido ao recrudescimento da pobreza e das desigualdades sociais.
O desempenho do Governo, não obstante o apregoado ímpeto reformista inicial que rapidamente se desvaneceu, não se pautou pela introdução de mudanças que o país urgentemente necessitava. E se por um lado é injusto depositar no actual Executivo toda a responsabilidade do estado do país; não é menos verdade que o contributo do Governo não produziu o efeito que se esperava.
Como a manifestação organizada pela CGTP mostrou, o descontentamento dos cidadãos cresce exponencialmente, e o Governo mostra não ter capacidade de responder à insatisfação generalizada. Um dos erros do primeiro-ministro foi o de não perceber que o país não aguenta quase uma década de crise. E se a conjuntura internacional não é responsabilidade do Governo, a verdade é que o Governo PS não foi capaz de restaurar a confiança e as perspectivas dos cidadãos.
Nestas circunstâncias, a oposição, designadamente o PSD e os partidos políticos situados mais à esquerda do PS, vão seguramente aproveitar esta conjuntura negativa para o Governo. Por conseguinte, e para finalizar, é evidente que os próximos tempos serão difíceis para o Governo. A conquista de uma nova maioria absoluta parece já ser uma miragem, e vamos ver até que ponto o PS não vai ter de lutar para ganhar as próximas legislativas; isto quando há não muito tempo poucos arriscariam esse cenário, advogando a solidez do Executivo de José Sócrates.
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