O polémico dicionário ou glossário no site infanto-juvenil do IDT é mais uma pérola de quem tem sobre a droga uma visão no mínimo discutível. O IDT, há uns meses atrás, tinha disponibilizado uns panfletos pelas escolas do país que continha informação muito detalhada sobre drogas e as melhores formas de consumo. Ora, já aqui se tinha criticado o teor desses panfletos que, apesar de tudo, não parece terem provocado tanta polémica como o dicionário de calão.
A polémica está na forma como se associa adjectivos como “betinho”, “cocó” ou “careta” a quem não consome drogas, sendo desse modo considerado “desinteressante” ou mesmo “desprezível”.
Os responsáveis do IDT consideram que não devem existir tabus e que é profícua a utilização de uma linguagem próxima do público-alvo (entre os 11 e os 20 anos). Mas é claro que a associação de palavras que o IDT faz é displicente. Exige-se mais de uma instituto público que deve ter como missão primordial dissuadir os jovens de se aproximarem do mundo da droga.
De resto, as opiniões, mesmo entre os especialistas, sobre este dicionário estão divididas. Uns vêem a utilidade de se utilizar as tais associações e acreditam na proficuidade de se detalhar algumas especificidades associadas à utilização de drogas; outros acreditam que o IDT promove ideias e conceitos errados e pode incentivar crianças e jovens a envolverem-se nas drogas. Parece-me que a hipótese de o dicionário potenciar um possível envolvimento dos jovens nas drogas é rebuscada. Mas ainda assim, não se percepciona a utilidade do dicionário, ou de pelo menos, parte do dicionário, e a mensagem do IDT também não fará muito no sentido da dissuasão.
No essencial, esta nova pérola do IDT mais não é do que um sinal de que os responsáveis por este instituto não sabem bem o que fazer com dinheiros públicos. Dir-se-á que os resultados têm sido genericamente positivos e que tem havido uma regressão no consumo de estupefacientes. Sabendo-se também que há uma regressão num determinado tipo de drogas, mas em sentido diametralmente oposto, regista-se um aumento do consumo de outras drogas.
De um modo geral, não deixa de ser preocupante que dinheiros públicos sejam gastos com esta displicência, de tal forma que se constroem dicionários de cariz duvidoso. E não valerá a pena evocar aquele argumento provinciano de que lá fora também se fazem dicionários similares.
Os responsáveis do IDT têm de se mentalizar que o seu trabalho será escrutinado por uma sociedade que é erradamente tida por desatenta. Já todos percebemos as linhas gerais de orientação deste instituto – podemos concordar ou não com elas. Espera-se assim que os senhores do IDT parem de brincar com palavras e passem a dar uma melhor utilização ao dinheiro dos contribuintes. Muitos clamam pela demissão do presidente deste instituto. Talvez haja algum exagero nessas exigências, mas não é menos verdade que já vimos outros serem afastados dos seus cargos por menos do que isto; mesmo que as palavras mais polémicas sejam retiradas do site em questão.
A polémica está na forma como se associa adjectivos como “betinho”, “cocó” ou “careta” a quem não consome drogas, sendo desse modo considerado “desinteressante” ou mesmo “desprezível”.
Os responsáveis do IDT consideram que não devem existir tabus e que é profícua a utilização de uma linguagem próxima do público-alvo (entre os 11 e os 20 anos). Mas é claro que a associação de palavras que o IDT faz é displicente. Exige-se mais de uma instituto público que deve ter como missão primordial dissuadir os jovens de se aproximarem do mundo da droga.
De resto, as opiniões, mesmo entre os especialistas, sobre este dicionário estão divididas. Uns vêem a utilidade de se utilizar as tais associações e acreditam na proficuidade de se detalhar algumas especificidades associadas à utilização de drogas; outros acreditam que o IDT promove ideias e conceitos errados e pode incentivar crianças e jovens a envolverem-se nas drogas. Parece-me que a hipótese de o dicionário potenciar um possível envolvimento dos jovens nas drogas é rebuscada. Mas ainda assim, não se percepciona a utilidade do dicionário, ou de pelo menos, parte do dicionário, e a mensagem do IDT também não fará muito no sentido da dissuasão.
No essencial, esta nova pérola do IDT mais não é do que um sinal de que os responsáveis por este instituto não sabem bem o que fazer com dinheiros públicos. Dir-se-á que os resultados têm sido genericamente positivos e que tem havido uma regressão no consumo de estupefacientes. Sabendo-se também que há uma regressão num determinado tipo de drogas, mas em sentido diametralmente oposto, regista-se um aumento do consumo de outras drogas.
De um modo geral, não deixa de ser preocupante que dinheiros públicos sejam gastos com esta displicência, de tal forma que se constroem dicionários de cariz duvidoso. E não valerá a pena evocar aquele argumento provinciano de que lá fora também se fazem dicionários similares.
Os responsáveis do IDT têm de se mentalizar que o seu trabalho será escrutinado por uma sociedade que é erradamente tida por desatenta. Já todos percebemos as linhas gerais de orientação deste instituto – podemos concordar ou não com elas. Espera-se assim que os senhores do IDT parem de brincar com palavras e passem a dar uma melhor utilização ao dinheiro dos contribuintes. Muitos clamam pela demissão do presidente deste instituto. Talvez haja algum exagero nessas exigências, mas não é menos verdade que já vimos outros serem afastados dos seus cargos por menos do que isto; mesmo que as palavras mais polémicas sejam retiradas do site em questão.
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