A campanha eleitoral para as eleições de Lisboa é marcada pela escassez de qualidade dos candidatos. Ora, pode-se afirmar que os lisboetas não têm muita sorte – como é que é que possível que em 12 candidatos não se aproveite uma ideia? Os candidatos não têm feito mais do que macaquearem-se uns aos outros: em matéria de urbanismo, por exemplo, todos repetem os mesmos lugares comuns. Por outro lado, as acusações mútuas, agora que a campanha eleitoral se aproxima do fim, são a panaceia para uma virtual transparência de um qualquer candidato. Por consequência, e neste contexto caracterizado por um misto de inanidade e das falácias do costume, os eleitores terão certamente dificuldades em escolher um candidato:
- O candidato do PS, que adoptou desde início uma postura de vencedor antecipado, tenta demarcar-se das políticas menos populares do Governo. Tem-se dificuldade em perceber o que é que este pseudo-messias pode trazer de benéfico para a cidade. A nomeação de José Miguel Júdice para a zona ribeirinha pode trazer alguns dissabores às expectativas de António Costa.
- O candidato do PSD, entre gaffes e hesitações, parece ter recuperado algum caminho, não se livra, porém, da sombra de um Marques Mendes periclitante.
- A candidatura do CSD-PP poderá ser penalizada em resultado das suspeitas que recaem sobre o partido e sobre o líder. Este é um teste, como Paulo Portas já admitiu, à liderança do partido.
- A CDU contará certamente com os votos do eleitorado fiel a este partido, mas poderá também contar com outros votos daqueles que não se revêem nos principais candidatos. O candidato da CDU parece ter uma imagem de uma competência indefectível, o que certamente lhe granjeará simpatia que se traduzirá em votos.
- O candidato do Bloco de Esquerda sofreu um duro revês na sua imagem de candidato que segue uma linha de conduta regrada e transparente – a questão dos assessores suscita dúvidas, o que é suficiente para abalar a confiança de um candidato que faz da rectidão a sua bandeira.
- A candidatura independente de Helena Roseta tem-se pautado por alguma constância, e a candidata parece ser fiel às suas ideias. À independência da candidata acrescenta-se a preocupação aparentemente genuína que a candidata manifesta sentir em relação a Lisboa e o resultado poderá ser muito positivo para esta candidatura independente.
- A candidatura de Carmona Rodrigues é marcada por altos e baixos, sendo que os momentos menos bons parecem ganhar novo impulso a poucos dias do fim da campanha. A questão intrincada e pouco transparente da empresa de capitais públicos Gebalis e de um cantor popular não é um bom augúrio para o resultado final. Por outro lado, a constante vitimização do candidato poderá ser contraproducente. E finalmente, os lisboetas lembrar-se-ão da conjuntura difícil da Câmara e dos seus responsáveis.
Em suma, a ausência de propostas novas e profícuas marca indelevelmente esta campanha eleitoral. Espera-se que, apesar de tudo, quem ficar à frente dos destinos da Câmara se preocupe genuinamente com o futuro de Lisboa. Almeja-se ainda que a transparência faça parte da vida da Câmara Municipal de Lisboa.
- O candidato do PS, que adoptou desde início uma postura de vencedor antecipado, tenta demarcar-se das políticas menos populares do Governo. Tem-se dificuldade em perceber o que é que este pseudo-messias pode trazer de benéfico para a cidade. A nomeação de José Miguel Júdice para a zona ribeirinha pode trazer alguns dissabores às expectativas de António Costa.
- O candidato do PSD, entre gaffes e hesitações, parece ter recuperado algum caminho, não se livra, porém, da sombra de um Marques Mendes periclitante.
- A candidatura do CSD-PP poderá ser penalizada em resultado das suspeitas que recaem sobre o partido e sobre o líder. Este é um teste, como Paulo Portas já admitiu, à liderança do partido.
- A CDU contará certamente com os votos do eleitorado fiel a este partido, mas poderá também contar com outros votos daqueles que não se revêem nos principais candidatos. O candidato da CDU parece ter uma imagem de uma competência indefectível, o que certamente lhe granjeará simpatia que se traduzirá em votos.
- O candidato do Bloco de Esquerda sofreu um duro revês na sua imagem de candidato que segue uma linha de conduta regrada e transparente – a questão dos assessores suscita dúvidas, o que é suficiente para abalar a confiança de um candidato que faz da rectidão a sua bandeira.
- A candidatura independente de Helena Roseta tem-se pautado por alguma constância, e a candidata parece ser fiel às suas ideias. À independência da candidata acrescenta-se a preocupação aparentemente genuína que a candidata manifesta sentir em relação a Lisboa e o resultado poderá ser muito positivo para esta candidatura independente.
- A candidatura de Carmona Rodrigues é marcada por altos e baixos, sendo que os momentos menos bons parecem ganhar novo impulso a poucos dias do fim da campanha. A questão intrincada e pouco transparente da empresa de capitais públicos Gebalis e de um cantor popular não é um bom augúrio para o resultado final. Por outro lado, a constante vitimização do candidato poderá ser contraproducente. E finalmente, os lisboetas lembrar-se-ão da conjuntura difícil da Câmara e dos seus responsáveis.
Em suma, a ausência de propostas novas e profícuas marca indelevelmente esta campanha eleitoral. Espera-se que, apesar de tudo, quem ficar à frente dos destinos da Câmara se preocupe genuinamente com o futuro de Lisboa. Almeja-se ainda que a transparência faça parte da vida da Câmara Municipal de Lisboa.
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