Existe a forte possibilidade de Theresa May, primeira-ministra inglesa, não sobreviver ao duro processo de saída do Reino Unido da UE, conhecido como Brexit.
Depois de intensas negociações e após a discussão entre parlamentares, as negociações levadas a cabo por May têm naturalmente de passar pelo crivo dos deputados, coisa que, como se esperava, não aconteceu.
As dificuldades avolumam-se ao ponto da primeira-ministra radicalizar o discurso ameaçando com a possibilidade de nem sequer haver Brexit, o que constituiria uma tamanha facada nas costas do eleitorado.
Do lado europeu, parece haver alguma vontade em adiar o Brexit até Julho, mas não existe qualquer abertura de porta a uma potencial renegociação. Existe sim a sugestão de algumas "clarificações", designadamente no que diz respeito à sensível questão da fronteira entre Irlanda do Norte e República da Irlanda.
Recorde-se que a data do Brexit aproxima-se vertiginosamente: 29 de Março de 2019.
E com isto tudo, May surge fragilizada com nunca. De resto, não será de admirar que a ainda primeira-ministra inglesa não reúna condições para continuar. No entanto, e tendo em conta a dificuldade extrema de sair da UE, impoe-se as seguintes questões: E depois? E depois de Theresa May? Haverá quem consiga operar um milagre? Para já May enfrenta uma moção de censura por parte do partido Trabalhista.
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